#Resenha: Desejo Concedido – Megan Maxwell Por Editora Planeta (selo essência)

by - setembro 27, 2016



Hoje venho trazer a resenha do primeiro volume da série Guerreiras da Megan. Se você gosta de romances antigos e de enredos pra lá de diferentes, esse livro vai lhe cair muito bem. Eu, primeiramente, custei a me adaptar à leitura, levando em consideração de que não costumo ler livros que tratem séculos passados, mas logo que me acostumei, fiquei muito curiosa com a história toda.
O romance se passa no século XIV e conta a história, em terceira pessoa, da jovem Megan Philiphs que com apenas 20 anos sente-se responsável por seus dois irmãos mais novos, Zac e Shelma. Após a morte de seus pais, os três irmãos tiveram que ficar com uma tia ambiciosa que arranja um casamento para Megan e Shelma. Transtornadas com seus péssimos casamentos arranjados com segundas intenções, elas fogem, juntamente com Zac, da Inglaterra de onde estavam para Escócia, onde vive seu avô e encontram abrigo no castelo Dunstaffnage do clã McDougall. Ali, eles vivem aventuras com pessoas que lhe tratam bem, apesar de serem vistos como sassenachs (modo como os escoceses chamavam os ingleses em que viviam em pé de guerra) por terem tido um pai inglês.
Algum tempo depois, Megan, uma mulher nada parecida com as mulheres que por ali habitam, conhecida por sua coragem, garra e impaciência, conhece Duncan McRae, o temido guerreiro Falcão, de lindos olhos verdes, que lidera os guerreiros de seu clã. Enquanto Megan encontra-se em perigo, seu avô tenta de todas as formas a proteger, até que algo desesperador acontece na vida de Megan e ela se vê obrigada a casar-se com o mulherengo Falcão.
O problema é que Megan não é como todas as outras, jamais aceita que mandem nela e sabe muito bem se defender, assim como Shelma, sua irmã, que também se casa, com Lolach, amigo de Duncan. Com coragem e de cabeça erguida, Megan vai à busca de sua nova vida, sabendo que durante um ano e um dia terá de ser a mulher do McRae, tornando-se assim senhora de seu castelo. Enquanto Duncan é um guerreiro mandão que lidera seu exército e precisa de que seja visto como tenebroso, Megan é a impaciente que não aceita ordens e não se comporta como o esperado por todos. E é exatamente isso que conquistou Falcão, mas, será que ele irá tolerar todas as artimanhas de sua esposa? E Megan, será que irá se render às súplicas de Duncan para que seja a senhora comportada de seu clã?
Diante de diversos acontecimentos (sim, o livro tem muitas reviravoltas), Duncan terá cada vez mais certeza de quem é a mulher que tem ao lado, assim como Megan conhecerá bem todas as durezas de seu marido. Os dois sobreviverão, apesar de estarem sempre em pé de guerra?
Não se pode dizer muito, pois, o livro é repleto de acontecimentos marcantes e não, você nunca vai virar a página sem que comece uma nova aventura. Todas as vezes que uma aventura acaba, você se vê pensando “qual será a loucura dessa vez?”. E sempre irá se surpreender com as novas loucuras.
O que posso dizer é que o livro não conta apenas a história de Megan, mas de Shelma, sua irmã, e de todos que rondam o contexto. É muita gente mesmo! E tudo vai se encaixando. Não senti falta de nenhum desfecho, apesar de ter querido muito saber que fim levaram os trastes tios ambiciosos da Inglaterra.
No início, eu muito me irritei com a forma como os homens tratavam as mulheres, de modo que a obediência era algo indiscutível. Mas entendo que era assim que era e por isso a autora o fez. E logo isso se quebra bastante ao saber que Megan e Shelma não dão muito a mínima para a obediência. São verdadeiras guerreiras e, por isso, é impossível não se apaixonar por Megan. Queria eu ter metade de sua força, audácia e coragem. Isso fez com que eu visse Megan, Shelma e Gillian (amiga delas) como a revolução da época.
Duncan é meio rancoroso e mandão, o que irrita às vezes, mas até se torna compreensível ao analisar a responsabilidade dele; e que, no século XIV, não era menos que isso que se esperava. Apesar desse jeitão, ele era completamente diferente quando estava a sós com Megan, nos fazendo o amar, inclusive pelo fato dele amar em Megan o que, nós leitores, também amamos: sua coragem e não adequação ao sistema imposto às mulheres da época.
Eu curti bastante o livro, depois que me acostumei ao modo de falar dos personagens e do tratamento que tinham. Eu curti bastante alguns personagens específicos, como Niall (irmão de Duncan, portanto cunhado de Megan), Shelma, Gillian (amei demais a Gillian, amiga de Megan e com o mesmo gênio), Kieran (que de início te enoja, mas depois, ah você vai entender quando ler), Sarah (fiel a Megan), e da forma como os guerreiros eram fieis e amigos de seus senhores.
Algo que me fez admirar muito foi o fato da questão da amizade que o livro mostra, quando uma palavra lhe é prometida, é fielmente cumprida. A confiança uns nos outros é de admirar. E, apesar da guerra estabelecida entre Escoceses e Ingleses, foi interessante perceber como era o tratamento da época, inclusive, a questão de poder estabelecida desde sempre entre os povos.
Só achei um pouco complicado de entender, muitas vezes, porque são muitas pessoas envolvidas e como os nomes não são fáceis de gravar, pode haver um pouquinho de confusão. Para ler esse livro é preciso de atenção, pois não é uma leitura leve, é uma leitura bem diferente, pelo menos a meu modo de ver, que te faz suspirar em todas as vezes e ficar pensando sobre como as coisas aconteciam ali. O livro tem 463 páginas que, caso fosse um livro sobre uma história boba de um casalzinho e nada mais, eu leria rápido, se não morresse de tédio, mas por ser uma história que se passa em um passado distante sendo contada de forma complexa até, não foi muito rápida a leitura. Qual das ocasiões eu prefiro? A SEGUNDA, CLARO! Gosto de livros que fazem pensar, ter atenção e ampliar horizontes. Demorei, em média, 5 dias, mas para quem tem tempo, pode levar até, no máximo, 3.
Por fim, vou parar de falar. HAHAHA.
Sempre acabo falando demais. Então, eu recomendo muito o livro se você gosta de livros com essas temáticas citadas acima, principalmente, se gosta de romance antigo. O livro não sai dessa temática, toda a história se passa no século XIV. Eu gostei muito do enredo, do desfecho (apesar de ser bem previsível), dos personagens cheios de personalidade fortes, das histórias que se passam ao redor e do final que deu a entender que a próxima história é entre Niall e Gillian. HAHAHA. Ansiosa!
Nota: 4/5
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