#Resenha: O ano em que te conheci – Cecelia Ahern Por Editora Novo Conceito

by - novembro 17, 2016



Resenha por Sâmela Faria
Título: O ano em que te conheci
Autor: Cecelia Ahern
Páginas: 331
Editora: Novo Conceito
Ano de publicação: 2016 (2ª impressão)
Onde comprar: Americanas * Amazon  * Submarino

Tinha esse livro a algum tempo dando sopa na estante, sempre adiando. Mas aí vendo umas leitoras lá no insta o lendo, resolvi encarar também. E que bom!
 
A história:

Jasmine tem sua vida totalmente mudada quando descobre que foi demitida e que terá um ano de licença. Desesperada por sempre ter andado atarefada demais e sem tempo para pensar na vida, ela se vê agora sem muito que fazer. Com isso, ela acaba se doando fazendo coisas que ela jamais pensou um dia gostar, além de visitas às pessoas com quem mantém um mínimo de relação. Mas nada parece ser suficiente, não levando em consideração a disponibilidade para dar sempre uma olhada na vida de seu vizinho que odeia.
Matt é vizinho de Jasmine, mora em frente sua casa, casado e tem três filhos. Mas sua vida não parece ir muito bem, apesar de ele ser um famoso locutor de um programa da rádio. Às vezes chegando tarde e bêbado em casa, ele acaba pondo por um fio seu casamento. Na véspera de ano novo, ele erra feio em um programa na rádio e acaba sendo afastado do serviço. Agora ele tem seis meses de licença. E sua mulher não mais está em casa, levou seus filhos, lhe deixando apenas uma carta que ele se recusa a ler.
Vizinhos, a vida de Matt e Jasmine está um caos. E os dois não se dão. Mas o destino prega uma peça e eles terão de conviver um com o outro mais do que imaginam. E acabam por descobrir um lindo sentimento: a amizade.


Personagens principais:

Jasmine é uma mulher linda, ruiva e peituda, com seus trinta e poucos anos. Ela sempre tem tudo sobre controle e faz muito sucesso vendendo suas ideias de negócios, o que é bom, mas é justamente o que lhe deixa sem emprego. Ela sempre faz as coisas do seu jeito e gosta de não ter tempo para nada, o que agora é sua maior tortura. Sua vida sempre foi seu serviço, que tanto amava e sua irmã, Heather. Mas agora as coisas são diferentes e ela precisa rever seus conceitos.
Uma personagem muito bem trabalhada e convincente. De cara já me envolvi totalmente com a Jasmine, que tem o nome lindo!  
Matt é um cara brincalhão e muito bonito, com seus trinta e seis anos. Ganha a vida discutindo humoristicamente assuntos diversos, até mesmo polêmicos, o que não quer dizer que ele expressa sempre sua opinião, em um programa famoso de rádio. Um pai não muito presente na vida dos filhos, um marido que dá trabalho por causa das bebedeiras e das diversas chegadas tarde da noite em busca de batucar sua porta pedindo para abrir, mesmo tendo as chaves. Quando Matt se vê sem a mulher e os filhos, sua vida vai por água abaixo, além de estar sem emprego também.
Um cara que não se mostra por inteiro, mas é bem mais do que se permite ser, Matt te cativa por ser um personagem da qual você sabe que é mais.


Personagens secundários:

Heather tem síndrome Down e é perfeitamente capaz de viver sozinha. Com seus trinta e quatro anos ela trabalha em três empregos e mantém uma agenda muito atarefada, do jeito que gosta. É a irmã de Jasmine, por quem ela daria sua vida. As duas são muito unidas e sempre fazem de tudo uma pela outra. Mas Heather tem seus próprios conceitos sobre as pessoas e regras que aplica a quem conhece. Ela se apaixona e começa a ter novas experiências, o que deixa Jasmine completamente surtada de preocupação. Heather é incrível! Muito madura e extremamente cativante. Uma personagem que te encanta de todas as formas.
Monday é um headhunter, negro, olhos esverdeados e muito, muito bonito. Ele nos cativa de cara com sua educação e suavidade das palavras. É um cara confiante no que faz e está sempre disposto a ajudar. Ele procura Jasmine para lhe oferecer uma vaga de emprego e acaba encontrando muito mais. Não é a vaga que mais interessa Jasmine, mas o próprio Monday. Monday é o tipo de cara que qualquer mulher se apaixonaria logo de início. Como era de se esperar ele acaba por conquistar o coração de Jasmine.
A trama envolve muita gente, mas não vou citar para não deixar a resenha maior do que já está. Mas todos os personagens tem um propósito e são muito bem construídos. 


Capa, escrita e afins:

A capa é maravilhosamente linda. Diz tudo sobre a história e encanta logo de cara, se você não compra pela sinopse, com certeza compra pela capa.
A história é narrada em primeira pessoa pela visão de Jasmine e o que mais me chamou atenção é que ela não fala de Matt como “ele”. Ela fala como “você”. Ou seja, parece que a gente está lendo um livro escrito diretamente para Matt. Gostei muito dessa sensação.
A escrita é linda. Cecelia sempre mandando bem, claro! Ela traz várias analogias de jardinagem e de vida para a história, que deixa tudo com um toque delicado e sereno. Gostei muito.
A leitura flui muito. É um livro que dá para ler muito rápido, porque te prende do início ao fim. 


Conclusão:

Eu amei o livro. Mesmo. Apesar de ter torcido desde o início – porque ainda não tinha entendido a mensagem por trás da história – por um fim totalmente diferente. Eu acabei entendo o motivo que levou a esse fim e fiquei muito contente, pensando que se fosse do meu jeito, talvez, a mensagem legal por trás de tudo se perderia totalmente. Essa não é só uma história de amor, é uma história sobre se reencontrar, sobre aprender a olhar as coisas com outros olhos, inclusive as pessoas. É uma história de amizade intensa e de se permitir ser mais que aquilo que se permite ser. De se conhecer de verdade e gostar do que vê.


Citações preferidas:

“Quando o destino é totalmente desconhecido, nós valorizamos a travessia.”

“Não aguento mais. Cansei de fica cansada de ser eu mesma. Agora quero voltar.”

“Para poder voar, é preciso limpar as merdas das próprias asas. O primeiro passo é identificar a merda.”

“Eu sei que a gente nunca para mesmo, nossa jornada nunca está completa, porque nós continuaremos florescendo – assim como uma lagarta que pensou que o mundo tinha acabado, e então se tornou uma borboleta.”


Nota: 5/5

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