Blogagem coletiva 1: Como eu nunca senti Por Lai Pretas

by - outubro 06, 2015



Dentre tantos ensinamentos que a vida já me proporcionou, quero aqui registrar uma das últimas lições que ela me deu para experimentar viver e aprender sobre “os meus sentimentos”, e a diferença entre: razão e emoção quando estes vêm à tona.

Sempre acreditei que pudesse controlar tudo o que eu sentia, de acordo com os parâmetros que eu estabelecia; da maneira que me convinha, achando ser esta ou aquela a melhor forma de sentir de uma maneira que fosse confortável pra mim. De um jeito que eu não perdesse as rédeas da relação, garantindo assim, uma certa proteção ilusória de segurança ao meu coração que por causa de algumas decepções tentei petrificar.

Com o tempo aprendi que isso não é SENTIR coisa alguma. Muito pelo contrário, é anular-se, é se automanipular pra tentar se defender de possivelmente não se machucar outra vez. Mas querer ser sempre sensato e agir somente pela razão, às vezes, te bloqueiam... E não te permite sentir as mais variadas emoções e sensações, que o experimento e a vivência do sentimento nos causa.

Pensei que fosse capaz de controlar tudo o que eu sentia por alguém, até eu me apaixonar... E ver quão grande era o meu engano. Quebrando a cara pra aprender mais uma  lição na vida. Descobri que, a partir disso, eu não podia controlar nada. Eu só conseguia sentir tudo desordenado e sem controle algum...

Entrei em desespero quando não mais me reconhecia em meio a esse sentimento desenfreado que parecia ter vida própria dentro de mim. E o pior de tudo, era não conseguir evitar sentir. Porque eu sentia, por mais que eu não quisesse. Era mais forte do que eu. Já não tinha mais onde esconder. Tinha que aceitar que aquele sentimento havia se instalado em mim. E que senti-lo foge do entendimento de qualquer razão ao existir. Logo eu que sempre evitei, e nunca me permiti sentir qualquer tipo de apego, estava apaixonada. Pensei: “Que loucura! A essa altura da vida sentir algo assim tão intenso, impulsivo, insano e inconsequente como a paixão”.

A vida ensina, mas também nos prega peças de vez em quando... Fique atento!

Estou aprendendo aos poucos a lidar com esse sentimento incontrolável, pois nunca antes havia sentido os seus efeitos sobre mim. Ainda estou engatinhando pra poder dar os primeiros passos rumo ao desconhecido e inusitado solo da paixão no qual acabei de adentrar. E o que eu consegui aprender ate agora? É que estamos sempre querendo correr contra o tempo pra viver o imediatismo das vontades e desejos que a paixão desperta em nós. Mesmo sabendo que se vive um dia de cada vez... E que aproveitar “o agora” é sempre a melhor opção. Aprendi que todo o tempo é muito pouco pra quem ganhou asas e está se aventurando no voo de uma grande paixão. E que a partir disso, vai ficando cada dia mais difícil manter-se com os pés no chão.
Lai Pretas 

Texto enviado pela leitora Lai Pretas em participação da blogagem coletiva do tema: Sobre as inúmeras coisas que eu aprendi  com a vida.

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