#Resenha: Sexo sem amor? - Vi Keeland

by - abril 11, 2019


Título: Sexo sem amor?

Autora: Vi Keeland

Editora: Universo dos Livros

Páginas: 394

Ano de publicação: 2019

Onde comprar: Amazon


A História


O que impede alguém de amar novamente a ponto de topar viver numa relação de sexo sem amor? Afinal, sexo sem amor é possível até que ponto?

Natalia é uma mulher divorciada e cheia de rancores com seu ex-marido, que está preso por alguma tramoia ambiciosa. Ela é independente e leva uma vida tranquila, sem relacionamentos sérios, sem maiores complicações... tirando sua enteada, que parece lhe odiar.

Ela mora com sua enteada, que é órfã de mãe, em seu apartamento e vive seus dias se dedicando à criação dessa adolescente de quinze anos e ao trabalho. Mas suas energias são sugadas sempre que é obrigada a levar a menina para visitar seu ex-marido.

Tudo parece sob controle, até que Nat, na festa de casamento de sua melhor amiga, conhece Hunter.

Hunter é um cara alto, moreno e sensual. Bem capa de revista. Ele é um cara maduro, muito seguro de si e que automaticamente se mostra interessado em Nat, lhe jogando várias cantadas safadas e sem esconder suas intenções.

O cara não desiste nunca, mas Nat sabe que isso não pode dar em nada, afinal são quilômetros e mais quilômetros de distância que os separam, além disso, ela não quer compromisso com ninguém.

O que é ainda mais interessante, porque é exatamente o que Hunter procura: sexo sem amor.


Personagens principais


Natalia viu sua linda vida ser destruída de um dia para o outro quando assistiu seu marido, seu querido marido, ser preso. Por causa de sua ambição, ele pôs tudo a perder, inclusive, a ela. Após se divorciar, Nat fica insegura de ter alguém em sua vida, já que a primeira tentativa foi totalmente frustrante. O que ela procura agora é apenas alguém com quem passar algumas horas, ir para cama e nada demais. Cuidando de sua enteada, uma adolescente de quinze anos, Nat não tem pretensões com o amor... até que conhece Hunter e topa fazer a maior loucura de sua vida: sexo. Ah, claro, sem amor.

Hunter é o tipo de cara que não passa despercebido aos olhares alheios. Alto, com porte forte, moreno, de cabelo escuro e barba rasa, o homem parece saído diretamente da capa de uma revista pornográfica. Ele é arquiteto e ama o que faz. Viaja bastante a negócios e é conhecido em seu ramo por algumas famosas construções. Ele mora sozinho em sua casa impecavelmente construída por si mesmo. Hunter seria um namorado perfeito, tirando, é claro, sua objeção ao amor... por já ter amado antes, mas também por um passado que jamais permitiu passar.

Capa, escrita e detalhes


A capa do livro mostra um cara que pode ser deduzido como o protagonista e, apesar de eu não gostar de capas com o rosto de pessoas à mostra”, achei que essa ficou bem bacana, com a pegada mais sensual que a história não deixa de ter, obviamente.

A escrita de Vi Keeland é impecavelmente fluída e cheia de sensualidade, mas nada que te deixe enjoada ou irritada. É uma escrita adulta, mas sem essa pegada pesada que os livros eróticos costumam ter. Enfim, tem diálogos sensacionais.

A história deixa o erotismo em segundo plano quando traz personagem cheios de insegurança em relação ao amor. Para terem noção, cenas mais sensuais só ocorreram para além da metade do livro, o que só atiçou ainda mais minha vontade de ler, porque, enquanto isso, a gente vai descobrindo e conhecendo mais dos personagens.

E que personagens! Amei demais a construção de cada um deles. Nat é representada como uma mulher independente e cheia de frustrações amorosas, mas com muita coragem ao se colocar no papel de madrasta de uma adolescente de quinze anos. Além disso, não retratada como uma mulher inocente, apesar de ser formal e não gostar de falar besteiras. Hunter, por outro lado, é o cara que a cada dez palavras nove fazem jus à sensualidade, mas são boas sacadas, juro.

Gostei demais da vida mais madura dos personagens retratada na história, da questão do divórcio, da enteada, da questão familiar muito bacana que compõe a trama e da forte amizade que o livro evidencia. Além disso, os traumas dos nossos protagonistas são reais, nos fazendo estar na pele deles.

Conclusão


Sexo sem amor? é tudo, menos sem amor. É uma história muito gostosa de ler e que, embora tenha mais de quatrocentas páginas, nos faz devorar cada capítulo.

É um livro que tem aquela pegada sensual desde a primeira página, mas que não coloca a relação sexual como tema central, muito pelo contrário, aqui o tema central é a insegurança com o amor, com o fato de já ter amado e de estar, por causa disso, com o coração ainda sem cicatrizar das feridas do passado.

Sinceramente, amo essa autora e adorei mais esse livro dela.

Recomendo muito para quem ama um hot bem construído, com personagens encantadores e uma trama que se desenvolve quase que naturalmente.

Citações favoritas


“Mas eu tinha aprendido, da pior forma possível, que um rosto bonito não significa nada quando se tem um coração feio”.

“A confiança era como vidro. Espalhou-se ao se quebrar e, mesmo depois de conseguir juntar os casos de novo, ficaram as fissuras. Nunca voltou a ser forte como era quando inteira.”

“Quanto mais negamos a verdade, mais poder ela passa a exercer sobre nós.”

“Prefiro viver a vida olhando para a frente, não para trás. Se olhar demais pelo espelho retrovisor, você pode acabar perdendo o que está bem na sua frente.”

“A química pode fazer as pessoas quererem ficar juntas. Confiança, respeito e compatibilidade é que são as chaves para manter as pessoas juntas.”

“Quando se passa tempo demais no passado, tentando entender por que determinada situação deu errado, perdemos a chance de seguir em frente.”

“Às vezes você planeja um rumo na vida e depois tem de desviar, e acaba sendo o caminho certo.”

“Às vezes a autoconfiança é uma máscara para que as pessoas não vejam as suas inseguranças."

“[...] na vida, o mais importante não é vencer – é aquela pessoa para quem você liga para contar que venceu.”

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